An Analysis of Machado De Assis' Narratives
Essay by David Bean • November 17, 2016 • Essay • 873 Words (4 Pages) • 997 Views
David Bean
Prof. Fredrick Williams
Português 339
04/12/2015
Unindo todas as peças:
Uma análise do aspecto narrativo usado por Machado de Assis
O conto “Um apólogo” foi escrito no final do século XIX por Machado de Assis e é considerado um dos seus mais conhecidos e mais populares. Este exemplo simples de prosa apresenta um ponto de vista interessante da sociedade durante esse tempo. O objetivo deste artigo é analisar como Machado de Assis usou idéias inovadoras no foco do ponto de vista narrativa ao longo de sua curta história.
"Um apólogo" é a história do diálogo entre uma agulha e um novelo de linha que estão discutindo a importância do trabalho que cada um faz na costura de um vestido. O narrador conta a história inteira, como se tivesse estado lá. Ele explica que a discussão entre os dois continua até que a costureira chega. Ela, então, usa tanto a agulha quanto a linha para fazer um vestido para o baile da baronesa. A agulha aproveita este momento para se orgulhar de sua própria importância, explicando para a linha que, sem ela, a linha não poderia furar e passar no material, criando um lindo vestido. O novelo de linha ignora os pontos de argumento da agulha e faz a pergunta retórica: "Quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas ...? "(parágrafo 21). A linha também aponta que é a agulha que será colocada na caixa de costura. Naquele momento, o narrador introduz o terceiro personagem, o pino, que vem sugerindo à agulha para manter a calma e fazer o seu trabalho sem reclamar. Este texto de caráter é muito caprichoso por causa da simplicidade e do sentido infantil que tem, sendo comparado aos outros entretenimentos para crianças como "A bela e a fera", em que o bule de chá, relógio e a vara da vela estão todos vivos e conversando.
Porque a base de todos os textos de caráter é o narrador, sem ele não haveria história alguma. O foco narrativo que Machado de Assis usa é a perspectiva através da qual o narrador escolhe para relatar os acontecimentos da história. Em "Um apólogo", observamos que o narrador está na terceira pessoa, que não faz parte da história, e que é limitado apenas para narrar os fatos como eles acontecem. Machado de Assis usa seu narrador e apresenta-o sendo principalmente onisciente. Isto pode ser visto pela primeira declaração da peça: "Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha ..." (parágrafo 1) A onisciência do narrador, mostrado claramente no início da peça, ajuda o leitor a acreditar que ele não vai perder nada importante da história, porque o narrador que sabe de tudo vai mostrar o que é necessário a entender. Isso é importante porque deixa o leitor relaxado o suficiente para ser capaz de desfrutar da leitura e subconscientemente considerar suas próprias interpretações do texto.
O narrador também ajuda o leitor a se relacionar mais com a história, abrindo a peça com a frase: "Era uma vez ..." (parágrafo 1). O uso deste clássico "início de conto de fadas", estabelece uma cena sem um momento ou lugar determinado, por conseguinte, poderia ser São Paulo ou poderia ser Utah; do seculo XIX ou do ano 2015. Somente no meio da história, um lugar específico é indicado pelo narrador, mas este é ainda afirmado bem após do começo da fábula: "não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa ..." (parágrafo 16). Esta interrupção na história nos informa sobre fatos importantes e indica ao leitor que o narrador está profundamente investido na história. A quebra na história também indica uma interrupção do foco do narrador.
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