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TRABALHO PRÁTICO DE ESTATÍSTICA

DESCRITIVA

FASE B

LIVROS E MÉDIA DAS CLASSIFICAÇÕES OBTIDAS

ÍNDICE

1. Introdução          2

2. Metodologia            3

3. Variável Discreta                                                         4        

4. Variável Contínua                                                         9

5. Relações entre as duas variáveis                                         14

6. Conclusão                                                                 18

7. Anexo         

INTRODUÇÃO

        No âmbito da cadeira de Estatística I realizámos este trabalho, que tem como objetivo aprofundar os conhecimentos desenvolvidos no campo da estatística descritiva. Utilizámos duas variáveis estatísticas, uma contínua e uma discreta, ambas em bruto e de natureza quantitativa, para a nossa análise.

        De acordo com o que nos foi pedido procurámos uma relação entre o número de obras literárias lidas por universitários num ano, com a média das suas classificações no semestre anterior, visto que, muitas vezes ler estimula não só o cérebro, como também ajuda a organizar as ideias e pensamentos de forma mais clara e sintética.

        Tendo em conta que existe uma ideia geral de que os alunos que leem mais são os mais inteligentes, ou os mais esforçados e interessados, procurámos apurar se esta ideia, que é tão comum na nossa sociedade, tem ou não fundamento. E porque em todas as relações que fazemos com o ser humano, temos de ter em conta que todos são diferentes e o seu corpo tem características diferentes, no nosso trabalho tivemos de ter um certo cuidado, pois a leitura não estimula as pessoas de igual forma. Outro fator que não foi ignorado foi o facto de que, uma pessoa que goste realmente de ler, à partida tirará maiores proveitos da leitura de uma obra literária, do que um aluno que a tenha lido apenas e só porque era necessário para uma cadeira, por exemplo. Este fator ainda pode levar a outra externalidade bastante óbvia, que se um aluno não apreciar a prática da leitura, claramente que também não irá ler tanto como um aluno que o faça por prazer. O preço dos livros não poderia deixar de ser tido em conta, devido à realidade em que vivemos. Apesar de este conjunto de fatores muitas vezes poder ter grande influência na quantidade de obras literárias lidas, não será analisado neste estudo.

Será então, que podemos encontrar uma relação entre a quantidade de obras literárias lidas num ano por estudantes, com a média das suas classificações, do semestre anterior, desses mesmos alunos?

METODOLOGIA

Como primeiro passo começámos por propor aos nossos colegas e amigos, (estudantes universitários), que respondessem e partilhassem o nosso inquérito, de forma a aceder aos dados estatísticos, que o nosso trabalho requer. Procedemos à divulgação do mesmo, através da rede social Facebook.

Desta forma conseguimos recolher 117 respostas, mas apenas 102 respostas eram válidas para análise, as outras 15 eram inválidas, devido à faixa etária em que se encontravam. Dentro das respostas válidas, os que responderam ao nosso questionário encontram-se entre os 18 e os 24 anos, tanto de sexo feminino como masculino, a frequentar cursos em Economia, Humanidades, Desporto, Artes e Ciências, sendo o primeiro curso o predominante. Esta informação, apesar de não constar na nossa análise, é importante, não só para enriquecer a nossa informação, como também para servir de referência.

Como referido anteriormente, as variáveis escolhidas para análise foram a quantidade de obras literárias lidas num ano por um estudante e a respetiva média das suas classificações do semestre anterior. A primeira foi utilizada como variável discreta e a segunda como variável contínua, respetivamente.

Através da questão 4 do nosso inquérito obtivemos a nossa variável discreta (número de obras literárias lidas por um estudante num ano), nos quais não impusemos restrições, optando por dar um valor mínimo de nenhuma obra literária lida por ano, e sem impor um máximo de obras literárias lidas. Os alunos, que no questionário responderam que não liam nenhuma obra literária, por ano, encontram-se dentro da nossa amostragem, ou seja, também estão incluídos nos nossos dados estatísticos.

Quanto à nossa variável contínua (média das classificações obtidas no último semestre), recorremos à questão 5 do nosso inquérito, estando a resposta dividida por 5 classes: [5,8]; ]8,11]; ]11,14]; ]14,17]; ]17,20] cada uma com amplitude igual a três.

NOTA: As variáveis encontram-se em números devido à sua natureza quantitativa.

VARIÁVEL DISCRETA

• ANÁLISE

Como já referimos anteriormente, a nossa variável discreta é o número de obras literárias lidas por um estudante, num ano. Depois de analisar os questionários, para esta variável os valores encontram-se entre 0 e 6, correspondendo 0 para os alunos que não leram nenhuma obra literária durante um ano, e os restantes valores para os que leram e o seu respetivo número de obras lidas.

Tendo em conta que os valores desta variável não se dispersaram, e que são apenas 7, não procedemos à reclassificação destes em classes, como foi necessário e veremos brevemente mais à frente na variável contínua.

Quanto às medidas de tendência central, a média do número de obras literárias lidas num ano foi de 1,9216 obras, a mediana (segundo quartil – 50%) de 2 obras e a moda, que é o valor da variável com maior frequência, é de 1 obra, ou seja, a maioria dos estudantes lê uma obra por ano. O primeiro quartil (25%) foi 1 obra e o terceiro quartil (75%) de 3 obras por ano.